terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Governo britânico defende casamento gay em igrejas


Governo britânico defende casamento gay em igrejasGoverno britânico defende casamento gay em igrejas
Os templos religiosos (igrejas, mesquitas, sinagogas) farão casamentos homossexuais, caso seja aprovada a nova sobre legislação do casamento gay preparada pelo governo britânico. Ela será votada esta semana e pode ter um forte reflexo na Europa.
O primeiro-ministro David Cameron apóia a proposta, o que pode levar a confrontos com os parlamentares mais conservadores e representantes da Igreja Anglicana e Católica, informou na sexta-feira o jornal britânico The Guardian.
Cameron declarou seu apoio ao que é conhecido como “cláusula permissiva”, que permite os casamentos gays em lugares de culto, mas não obriga as organizações religiosas a celebrá-los.
“Eu sou um grande defensor do casamento e não quero que os homossexuais sejam excluídos deste grande instituição. Mas vou ser claro, nenhuma igreja ou sinagoga ou mesquita que não queira celebrar um casamento gay será forçado a fazê-lo”, disse Cameron, assegurando que esta questão está muito clara na legislação.”A votação dos membros do Parlamento será livre, mas eu, pessoalmente, vai apoiá-la”, acrescentou o primeiro-ministro.
O vice-primeiro-ministro e líder do partido liberal democrata, Nick Clegg, também apoiou a legislação e observou que “é hora de permitir que qualquer casal, não importa como seja formado, possa casar se assim desejar”.
Organizações de defesa dos direitos dos homossexuais, como Out4Marriage, também saudou a iniciativa que vai deixar as igrejas “livres para decidir se querem permitir que casais gays se casem ou não”. No Reino Unido, a estreita ligação do Estado com a religião sempre foi motivo para críticas.
No entanto, outros ainda vêem algumas falhas na proposta, como o ativista Peter Tatchell, que lamentou que a lei não contemplar a união civil entre casais heterossexuais.
Apesar da rejeição a esta lei por parte da Igreja Anglicana e da Católica, outros grupos religiosos do Reino Unido, como os judeus liberais, os unitarianos e os quakers receberam com satisfação o anúncio. Mesmo assim, alguns membros do Partido Conservador e defensores do casamento “tradicional”, criticaram a legislação. O deputado Stewart Jackson, chamou o primeiro-ministro de “arrogante” por incluir essa cláusula na sua proposta.
Colin Hart, diretor da campanha “Coalizão para o Casamento”, disse que a decisão de abrir a porta dos templos aos casamentos gays é uma “proposta profundamente antidemocrática visando reescrever o significado tradicional de casamento” e a classificou como “decepcionante”. Traduzido de Protestante Digital.

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