ROMA, 20 Nov. 12 / 01:55 pm (ACI).- Hoje foi realizado o funeral do primeiro cristão falecido na Franja de Gaza. Chamava-se Abu Boulos Salem, tinha 50 anos e 5 filhos. Ele foi a primeira vítima cristã da operação "Coluna de fumaça" conduzida pelas forças armadas israelenses em ataques aéreos em localidades de Gaza.
"Ele tinha problemas de coração e não suportou a tensão destes dias. Não despertou depois de ter conseguido dormir um pouco", disse à agência Fides a irmã Nazaré, religiosa da rama feminina do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), responsáveis pela paróquia católica da Sagrada Família em Gaza.
Boulos Salem era um cristão ortodoxo. Em seu funeral, celebrado na manhã de hoje na igreja greco-ortodoxa de Gaza, também compareceram muitos católicos, começando pelo pároco, Padre Jorge Hernández.
A irmã Nazaré relata que "havia mais de um centena de pessoas. Falar com eles fazia óbvio que todos vivem no medo. Recordam ter experientado situações semelhantes. Vivem na angústia sobre tudo por seus filhos. Estão aterrorizados de que possa iniciar o ataque por terra. Este estado se prolonga há dias, de noite não se pode dormir, e tudo isto está começando a sentir-se nos nervos e no ânimo de muitos".
Irmã Nazaré confirma que até agora a resposta militar não teve interrupções: "depois do funeral celebramos a Santa Missa na paróquia católica. Havia umas vinte pessoas. E podíamos ouvir as explosões, que aconteceram ao longo de toda a manhã, sem parar"
Os mais afetados são as crianças: várias delas foram assassinadas nestes dias de conflito. "É uma paradoxa que precisamente hoje celebremos o Dia da Criança", assinala a irmã Nazaret. "Estávamos falando disso com os pais de família que encontramos no funeral, seus filhos estão sofrendo ataques de crise nervosa. Vivem com terror por tudo o que acontece. As mães e os pais têm medo de que se vejam marcados para sempre".
Diante desta difícil situação, a presença da irmã Nazaré e seus amigos ajuda a que muitos não fiquem loucos pela angústia e a dor experimentada nestes dias, e por um conflito que se prolonga por anos sem uma resolução derradeira de paz entre palestinos e israelenses. Ninguém se aproxima da igreja, para não correr risco. E por isso eles se dedicam a consolar cada família por telefone, perguntando sobre as necessidades de cada um.
A religiosa argentina explica que "muitos se surpreendem pelo fato de que ficamos aqui. Dizem: se nós tivéssemos a possibilidade de fugir, nós o faríamos sem pensar nem um instante. Mas vocês que podem ir embora, ficam aqui conosco".
"Isto, para nós e para eles, é um sinal potente de que a Igreja é mãe e não abandona a seus filhos, especialmente em tempos difíceis", conclui.
Fontes das autoridades palestinas afirmam que mais de 100 pessoas já perderam a vida e 900 foram feridas nos ataques ordenados por Israel em resposta a morteiros e foguetes disparados pelo grupo Hamas desde Gaza contra alvos israelenses. Centenas destes foguetes foram interceptados por mísseis israelenses antes de tocar solo. Na quinta-feira passada, porém, um projétil matou 3 pessoas na cidade de Tel Aviv.
"Ele tinha problemas de coração e não suportou a tensão destes dias. Não despertou depois de ter conseguido dormir um pouco", disse à agência Fides a irmã Nazaré, religiosa da rama feminina do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), responsáveis pela paróquia católica da Sagrada Família em Gaza.
Boulos Salem era um cristão ortodoxo. Em seu funeral, celebrado na manhã de hoje na igreja greco-ortodoxa de Gaza, também compareceram muitos católicos, começando pelo pároco, Padre Jorge Hernández.
A irmã Nazaré relata que "havia mais de um centena de pessoas. Falar com eles fazia óbvio que todos vivem no medo. Recordam ter experientado situações semelhantes. Vivem na angústia sobre tudo por seus filhos. Estão aterrorizados de que possa iniciar o ataque por terra. Este estado se prolonga há dias, de noite não se pode dormir, e tudo isto está começando a sentir-se nos nervos e no ânimo de muitos".
Irmã Nazaré confirma que até agora a resposta militar não teve interrupções: "depois do funeral celebramos a Santa Missa na paróquia católica. Havia umas vinte pessoas. E podíamos ouvir as explosões, que aconteceram ao longo de toda a manhã, sem parar"
Os mais afetados são as crianças: várias delas foram assassinadas nestes dias de conflito. "É uma paradoxa que precisamente hoje celebremos o Dia da Criança", assinala a irmã Nazaret. "Estávamos falando disso com os pais de família que encontramos no funeral, seus filhos estão sofrendo ataques de crise nervosa. Vivem com terror por tudo o que acontece. As mães e os pais têm medo de que se vejam marcados para sempre".
Diante desta difícil situação, a presença da irmã Nazaré e seus amigos ajuda a que muitos não fiquem loucos pela angústia e a dor experimentada nestes dias, e por um conflito que se prolonga por anos sem uma resolução derradeira de paz entre palestinos e israelenses. Ninguém se aproxima da igreja, para não correr risco. E por isso eles se dedicam a consolar cada família por telefone, perguntando sobre as necessidades de cada um.
A religiosa argentina explica que "muitos se surpreendem pelo fato de que ficamos aqui. Dizem: se nós tivéssemos a possibilidade de fugir, nós o faríamos sem pensar nem um instante. Mas vocês que podem ir embora, ficam aqui conosco".
"Isto, para nós e para eles, é um sinal potente de que a Igreja é mãe e não abandona a seus filhos, especialmente em tempos difíceis", conclui.
Fontes das autoridades palestinas afirmam que mais de 100 pessoas já perderam a vida e 900 foram feridas nos ataques ordenados por Israel em resposta a morteiros e foguetes disparados pelo grupo Hamas desde Gaza contra alvos israelenses. Centenas destes foguetes foram interceptados por mísseis israelenses antes de tocar solo. Na quinta-feira passada, porém, um projétil matou 3 pessoas na cidade de Tel Aviv.
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