segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A National Gallery de Londres responde e-mails e se recusa a retirar blasfêmia contra Nossa Senhora


A National Gallery de Londres tenta conter a indignação dos católicos que protestaram contra a exposição do blásfemo quadro “A Anunciação de Fra Angelico”, em versão pornográfica de Richard Hamilton (saiba mais sobre o assunto aqui), enviando a todos uma resposta padrão.
Os que reagiram enviando e-mails de protesto estão recebendo o seguinte texto:
“Caros senhores,
“Muito obrigado pelo seu e-mail. Sentimos muito em saber que os senhores acharam desrespeitosa a obra de Richard Hamilton The Passage of the angel to the virgin. No entanto, a Galeria não se coloca no papel de censor dos trabalhos exibidos na exposição.
“Richard Hamilton é um dos artistas que como Ana Maria Pacheco and Paula Rego exploram o diálogo entre contemporaneidade e a tradição iconográfica refletida em nossa coleção de maneira controversa e instigante.
“De todas as formas, agradecemos por entrar em contato conosco e dividir sua opinião sobre a exposição.
“Sinceramente, Chris Morton”
A cínica resposta de Chris Morton suscita a indagação: Não leva ele em consideração os princípios que evidenciam a augusta majestade da Mãe de Deus?
Para realçar a excelsa nobreza da pessoa ofendida pela assim chamada “obra de arte”, apresentamos trecho do artigo de Plinio Corrêa de Oliveira sobre o tema “Devoção Mariana: fator decisivo no embate entre Revolução e Contrarrevolução”, publicado na revista “Catolicismo”, de agosto de 1989:
O concurso do espírito do mal
Uma visão da Revolução e da Contrarrevolução não pode ficar apenas nestas considerações. A Revolução não é o fruto da exclusiva maldade huma­na. Esta última abre as portas ao demô­nio, pelo qual se deixa estimular, exa­cerbar e dirigir.
É, pois, importante considerar, nes­ta matéria, a oposição entre Nossa Se­nhora e o demônio.
O papel do demônio na eclosão e nos progressos da Revolução foi enor­me. Como é lógico pensar, uma explo­são de paixões desordenadas tão pro­funda e tão geral como a que originou a Revolução não teria ocorrido sem uma ação preternatural. Além disso, seria difícil que o homem alcançasse os extremos de crueldade, de impieda­de e de cinismo, aos quais a Revolução chegou várias vezes ao longo de sua história, sem o concurso do espírito do mal.
Ora, esse fator de propulsão tão forte está inteiramente na dependência de Nossa Senhora. Basta que Ela ful­mine um ato de seu império sobre o in­ferno, para que ele estremeça, se con­funda, se encolha e desapareça da ce­na humana. Pelo contrário, basta que Ela, para castigo dos homens, deixe ao demônio um certo raio de ação, pa­ra que a ação deste progrida. Portan­to, os enormes fatores da Revolução e da Contrarrevolução, que são respec­tivamente o demônio e a graça, depen­dem de seu império e seu domínio.
Efetiva Realeza de Maria
A consideração deste soberano po­der de Nossa Senhora nos aproxima da ideia da realeza de Maria.
É preciso não ver essa realeza co­mo um título meramente decorativo. Embora submissa em tudo à vontade de Deus, a realeza de Nossa Senhora importa num poder de governo pesso­al muito autêntico.
Tive ocasião de empregar certa vez, numa conferência, uma imagem que facilita a compreensão do papel de Nossa Senhora como Rainha.
Imaginemos um diretor de colégio com alunos muito insubordinados. Ele os castiga com uma autoridade de ferro. Depois de os ter submetido à ordem, retira-se dizendo à sua mãe: “Sei que governareis este colégio de modo dife­rente do que estou fazendo agora. Vós tendes um coração materno. Tendo eu castigado esses alunos, quero agora que os governeis com doçura”. Essa senhora vai dirigir o colégio como o diretor quer, porém com um método diverso daquele que usou o diretor. A atuação dela é distinta da dele; não obstante, ela faz inteiramente a vonta­de dele.
Nenhuma comparação é exata. En­tretanto, julgo que, sob certo aspecto, esta imagem nos ajuda a entender a questão.
Análogo é o papel de Nossa Senhora como Rainha do Universo. Nosso Senhor lhe deu um poder régio sobre toda a criação, cuja misericórdia, sem chegar a nenhum exagero, chega entre­tanto a todos os extremos. Ele colo­cou-A como Rainha do Universo para governá-lo e, especialmente, para go­vernar o pobre gênero humano decaí­do e pecador. E é vontade dEle que Ela faça o que Ele não quis fazer por si, mas por meio dEla, régio instrumen­to de seu Amor.
Há, pois, um regime verdadeiramente marial no governo do Universo. E as­sim se vê como é que Nossa Senhora, embora sumamente unida a Deus e de­pendente dEle, exerce sua ação ao lon­go da História.
Nossa Senhora é infinitamente infe­rior a Deus — é evidente — porém, Deus quis dar a Ela esse papel por um ato de liberalidade. É Nossa Senho­ra quem, distribuindo ora mais larga­mente a graça, ora menos, freando ora mais, ora menos, a ação do demônio, exerce sua realeza sobre o curso dos acontecimentos terrenos. Nesse senti­do, depende dEla a duração da Revolu­ção e a vitória da Contrarrevolução.
Além disso, às vezes Ela intervém diretamente nos acontecimentos huma­nos, como o fez, por exemplo, em Le­panto. Quão numerosos são os fatos da História da Igreja em que ficou cla­ra sua intervenção direta no curso das coisas! Tudo isto nos faz ver de quan­tos modos é efetiva a realeza de Nos­sa Senhora.
Quando a Igreja canta a seu respei­to: “Tu só exterminaste as heresias no mundo inteiro”, diz que seu papel nes­se extermínio foi de certo modo único. Isso equivale a dizer que Ela dirige a História, porque quem dirige o exter­mínio das heresias dirige o triunfo da ortodoxia, e dirigindo uma e outra coi­sa, dirige a História no que ela tem de mais medular.
Haveria um trabalho de História interessante para fazer, o de demons­trar que o demônio começa a vencer quando consegue diminuir a devoção a Nossa Senhora. Isso se deu em todas as épocas de decadência da Cristanda­de, em todas as vitórias da Revolução.
Exemplo característico é o da Euro­pa antes da Revolução Francesa. A de­voção a Nossa Senhora nos países cató­licos foi prodigiosamente diminuída pelo jansenismo, e é por isso que eles ficaram como uma floresta combustível, onde uma simples chispa pôs fo­go em tudo.
Estas e outras considerações tiradas do ensinamento da Igreja abrem pers­pectivas para o Reino de Maria, isto é, uma era histórica de Fé e de virtu­de que será inaugurada com uma vitó­ria espetacular de Nossa Senhora sobre a Revolução. Nessa era, o demônio se­rá expulso e voltará aos antros infer­nais, e Nossa Senhora reinará sobre a humanidade por meio das instituições que para isso escolheu.
Estas ricas palavras deixam evidente o grau de vilania da ”exposição”, a qual ofende profundamente a realeza de Maria.
Em vista disso, como não sentir como uma bofetada o “sentimos muito”, mas o insulto permanece? A única atitude razoável dos promotores da blasfêmia seria retirar o quadro ofensivo, seguido de pedido de desculpas por tê-lo exibido.
É outra hipocrisia dizer que a galeria “não se coloca no papel de censor dos trabalhos exibidos” , porque no seu Esquema Provisório de Igualdade de Gênero, a National Gallery declara explicitamente:
“Nós cremos que toda pessoa que entra em contato com a National Gellery deveria ser tratado de maneira justa e respeitosa, sem consideração a seu gênero, religião, estado matrimonial ou de parceria, cor, nacionalidade, origem nacional ou étnica, orientação sexual ou idade”.
Aceitariam eles então uma exposição que ofendesse uma raça em particular? Acolheriam obras que ridicularizassem o Islã? Apresentariam obras que propugnassem o machismo e uma suposta inferioridade das mulheres? É evidente que não!
Então, por que somente a fé católica pode ser vilipendiada desta maneira, e ofendida em uma de suas mais íntimas convicções?
Reza então a National Gallery pela mesma cartilha da BBC, que não hesita em colocar no ar programas que atacam o cristianismo, mas retira da programação um filme que questiona as origens do Islã?
Por que dois pesos e duas medidas?
As belas celebrações do Jubileu de Diamente da Rainha Elizabeth II aumentaram nos brasileiros a admiração pela Inglaterra. Mas tal prestígio vai ficar profundamente abalado se a National Gallery teimar em exibir uma obra blasfema que fere brutalmente a Realeza de Maria Santíssima, Mãe do Rei dos reis.
Peço que enviem tréplicas à National Gallery, aos cuidados de seu diretor principal, Nicholas Penny, fazendo os questionamentos acima, deixando claro que exigir respeito à Mãe de Deus não é nenhum posicionamento favorável à censura.
Email para Dr. Nicholas Penny:

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