O tremor de terra às 20h56 de quarta-feira,12, foi o 88º registrado em Montes Claros em 111 dias. A contagem começou em 25 de maio, quando foram instalados oito sismógrafos na cidade. O abalo causou um grande estrondo, similar ao de 19 de maio. No entanto, segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), atingiu 2,9 graus na Escala Richter. O tremor de quatro meses atrás foi de 4,5. O coordenador municipal de Defesa Civil, Matson Malveira, diz que o Corpo de Bombeiros recebeu aproximadamente 120 ligações de moradores assustados após o último abalo. Os danos, porém, foram pequenos. A maioria diz respeito a telhados danificados.
Poucos danos
O coordenador esteve ontem na rua F. na Vila Atlântida, onde o telhado de uma garagem caiu. O madeiramento estaria mal instalado e, por isso, as telhas teriam ido ao chão. Já no bairro José Carlos de Lima uma casa estava com a laje comprometida. Devido ao risco de desmoronamento, os moradores foram orientados a sair. Na Vila Atlântida, a casa do pedreiro Wedson Gomes, na rua Eliane Vieira Gomes, está interditada desde 21 de agosto. O dono espera ajuda para recuperar o imóvel.
Por conta própria
No mesmo bairro, o comerciante Bento Antunes decidiu reforçar a estrutura da casa e do ponto comercial de sua propriedade depois de surgirem trincas causadas por dois tremores, em maio e junho. Antunes mandou colocar dois pilares de sustentação para proteger os imóveis. Ele sentiu o tremor de quarta-feira, mas não houve danos. Montes Claros apresenta abalos de terra há 34 anos, segundo dados do Instituto de Agronomia Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo. O primeiro registro foi em 26 de julho de 1978.
Fonte: Jornal Hoje em Dia
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