ECLESIA UNA
06/03/2012 por Everth Queiroz Oliveira
Chega ao nosso conhecimento a circulação de uma carta aberta, assinada por alguns religiosos, membros do clero arquidiocesano de Cuiabá e integrantes de outras dioceses mato-grossenses, cujo conteúdo é simplesmente estarrecedor. Na referida carta, são feitas críticas totalmente infundadas à pessoa do padre Paulo Ricardo. Fala-se do sacerdote como “um homem amargurado, fatigado, raivoso, compulsivo, profundamente infeliz e transtornado”, “homem de verbo fácil, de muitos artifícios oratórios e também de muitas falácias e sofismas” e “dono de uma personalidade no mínimo controversa”.
No fim da carta, é pedido o afastamento do padre de suas atividades de magistério e até mesmo dos meios de comunicação social (!). A alegação é de que o sacerdote não teria “saúde mental para ser formador de futuros presbíteros”.
Por que a carta foi escrita? O que aconteceu, afinal?
Em Cuiabá, todos os anos, é realizado um evento católico de grandes proporções, chamado Vinde e Vede. Este ano foi a 26ª edição da festa que recebe, durante sua realização, a presença de vários pregadores religiosos. Entre os pregadores deste ano estava, justamente, o padre Paulo Ricardo. Na Internet, foi divulgado um trecho da pregação ministrada pelo reverendíssimo sacerdote, que foi transcrito pelos autores da supracitada carta aberta. Divulgamos, abaixo, o vídeo:
O que há de mais nas palavras de padre Paulo? Bom, qualquer examinador ortodoxo não veria nada absurdo em seu discurso, mas há quem fique incomodado com as verdades proferidas pelo sacerdote. Afinal, padre Paulo fala de “padres [que] foram tomados completamente pelo espírito do mundão”, de “padre que não honra a batina porque, aliás, nem usa a batina”, de “padre que deixou de ter fé”, de padres que fazem do pecado um apostolado, um modelo de vida. Todos estes exemplos não são coisas fantasiosas, criadas pela imaginação de padre Paulo. Estes exemplos são reais… E as palavras de Nossa Senhora ao pe. Stefano Gobbi servem para ilustrar a triste situação na qual caíram muitos consagrados do nosso tempo: “Quantas são as vidas sacerdotais e religiosas que se tornaram áridas pelo secularismo que as possui completamente”.
No Brasil, de modo especial, uma das correntes teológicas que têm feito perecer muitos religiosos é justamente a Teologia da Libertação, da qual não nos cansamos de falar, neste espaço. É uma forma de pensamento marxista, que, pondo em relevância a questão social, deixa de lado os mistérios da nossa fé, a transcendência da religião e tudo aquilo que há de sobrenatural na doutrina católica. Este ataque impiedoso ao Cristianismo já recebeu da Igreja uma condenação explícita, mas, mesmo assim, ainda há padres e bispos que insistem em adotar a TL para reger seu rebanho, travestindo de “desejo de comunhão, unidade, amor à Igreja e ao sacerdócio” uma forma de fazer teologia que só tem afastado as pessoas do Evangelho.
Esta carta aberta – “abjeta”, como li em outro lugar – é ridícula; consiste em um ataque escandaloso à figura de um homem que só tem feito bem a inúmeras almas em todo o país. Os católicos brasileiros manifestam o apoio ao riquíssimo trabalho desenvolvido nos últimos anos pelo padre Paulo Ricardo e estão unidos ao sacerdote em oração.
Há uma petição pública em apoio ao padre Paulo circulando na Internet; recomendamos a assinatura.
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