sábado, 7 de janeiro de 2012

77 anos mais tarde, vítima de estupro volta a ver filha entregue em adoção


John Jalsevac

SAN CLEMENTE, Califórnia, EUA, 5 de janeiro de 2012 (Notícias Pró-Família) — Quando Minka Disbrow, de 16 anos, deu a luz sua filha Betty Anne em 1929, ela se apaixonou. Não importava para Minka que sua filha havia sido concebida por um estuprador, um homem que, junto com outros, havia atacado violentamente Minka e sua amiga quando elas fizeram uma caminhada durante um piquenique.
Mas as circunstâncias eram tais que não havia esperança de que Minka pudesse ficar com sua filha e lhe dar um vida boa. Durante um mês ela manteve e cuidou de Betty Anne no lar luterano para meninas grávidas, para onde seus pais a haviam enviado, e então a entregou para adoção.
“Eu amei esse bebê tanto. Eu queria o que era melhor”, Minka recentemente disse para a Associated Press.
Minka, que agora tem 100 anos, continuou a manter contato com a agência de adoção, da qual ela recebia atualizações ocasionais sobre sua filha durante anos. Mas quando a agência de adoção mudou de direção, as atualizações cessaram.
Com o passar dos anos, Minka se casou, teve dois filhos, trabalhou em vários empregos e se mudou para várias cidades, finalmente se estabelecendo em San Clemente — mas em todas as mudanças ela nunca se esqueceu de sua filha, especialmente no aniversário do nascimento dela: 22 de maio.
Foi num desses aniversários, 22 de maio de 2006, que Minka espontaneamente fez uma oração, dizendo: “Senhor, se tão somente me permitires ver Betty Jane, eu não a incomodarei, prometo. Tudo o que quero é vê-la antes de morrer”.
Poucos meses depois o telefone de Minka tocou. Para o choque dela, ela se viu conversando com um homem estranho que, depois de lhe fazer várias perguntas sobre a identidade dela, a informou que ele estava com Betty Anne, e que ela queria conversar com sua mãe.
Esse homem era o astronauta Mark Lee, um dos seis filhos de Betty Anne.
“Meus joelhos tremeram”, Minka disse para o jornal Orange County Register sobre o momento em que ela conversou com sua filha pela primeira vez desde a partida chorosa tantas décadas atrás.
Acontece que na mesma época em que Minka havia feito sua oração em maio, sua filha, que estava com mais de 70 anos na época, havia começado o processo de procurar sua mãe biológica. Um dos filhos de Betty Anne, Brian, conduziu a pesquisa, obtendo os registros de adoção de sua mãe por meio de uma ordem judicial, e então localizando Minka (que ele achou que muito provavelmente estaria morta, considerando a idade dela) mediante uma simples consulta na internet.
Agora mãe e filha estão próximas, e regularmente se conversam e se visitam.
“Foi como se nunca tivéssemos nos separado”, Minka disse para a Associated Press. “Como se estivéssemos na família a vida inteira”.
O reencontro que era uma improbabilidade começou a receber atenção depois que Minka começou a contar o testemunho para membros de sua igreja e para a sua comunidade. O jornal Orange County Register publicou uma matéria sobre as duas em dezembro, seguida por uma notícia da Associated Press, dando-lhe atenção nacional.

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